As lesões de crescimento lateral (LST) são lesões planas com diâmetro maior que 10mm. Podem ser classificadas em quatro grupos, segundo as características de sua superfície, sendo cada uma delas relacionada a um percentual de risco de invasão submucosa:

  • Granular homogêneo (0,9%).
  • Granular nodular misto (13,3%).
  • Não granular plano superficial (6,1%).
  • Não granular pseudodeprimido (42,1%).

 

Alguns critérios ajudam a determinar se a LST tem alguma característica suspeita de invasão submucosa, como: rigidez local, irregularidade marcante, convergência de pregas, ulcerações no leito. Além disso, equipamentos de alta resolução e cromoscopias com corante e eletrônica (NBI e FICE) constituem ferramentas úteis para auxiliar na avaliação de invasão submucosa. A análise de criptas, proposta por Kudo, associa o tipo V de sua classificação como altamente preditivo de lesão invasiva, e as lesões do tipo IIIs têm maior potencial de invasão.

O sinal de não elevação após injeção submucosa (non lifting sign) é outra forma útil, com alta sensibilidade, para avaliação das lesões invasivas. O sinal é considerado positivo quando não se consegue elevar totalmente a lesão após injeção sumucosa de solução fisiológica ou solução de glicerol a 10%.

 

Atlas de Endoscopia Digestiva da SOBED/Marcelo Averbach, Huang Ling Lang, Luis Masúo Maruta et al. - 2. Ed. - Rio de Janeiro - RJ: Thieme Revinter Publicações, 2020.