A doença celíaca é uma enteropatia de sensibilidade ao glúten, que se manifesta em indivíduos geneticamente predispostos, caracterizada por inflamação crônica da mucosa do intestino delgado e, gradualmente, levando ao desenvolvimento de atrofia vilositária. O padrão-ouro para o diagnóstico é o estudo histológico de biópsias do intestino delgado através da detecção das alterações morfológicas características, como atrofia e contagem de linfócitos intraepiteliais.
Os principais achados endoscópicos na doença celíaca são: redução ou ausência de pregas duodenais; aspecto nodular das pregas duodenais; maior evidência do padrão vascular submucoso; padrão em mosaico da mucosa; fissuras, sulcos ou entalhes mucosos.
Com o objetivo de melhorar a avaliação morfológica das vilosidades intestinais e otimizar o diagnóstico da doença celíaca, podemos lançar mão de técnicas de magnificação de imagem, como a técnica de imersão em água, que é facilmente executável.
Atlas de Endoscopia Digestiva da SOBED/Marcelo Averbach, Huang Ling Lang, Luis Masúo Maruta et al. - 2. Ed. - Rio de Janeiro - RJ: Thieme Revinter Publicações, 2020.